MEDITAÇÃO

 Para os males do corpo, mente e espírito, sem efeitos colaterais!
Entenda como esta prática milenar atua no seu cérebro e porque é importante começar a meditar já.

 Com mais de cinco mil anos, presente em diversas religiões, desembarcou no ocidente na década de 1960 – através das práticas de yoga – teve sua maior propagação através do hinduísmo e budismo, e em 2020 o Google divulgou que a busca por ela e seus benefícios aumentaram 4.000%.

Pensar em meditação no Brasil, traz budas, monges, iogues à mente das pessoas. Talvez por isso, ainda exista confusão sobre o tema, devido à relação profunda com a religião e o trabalho de evolução espiritual de sua origem, desenvolvido no berço de religiões.

Mas, a maioria das pessoas tem uma ideia geral do que é, e o número de adeptos aumenta!

Afinal, o que é meditação?

 Bhagwan Shree Rajneesh, indiano, precursor nesta área, disse que “meditação não é algo que se possa fazer, e sim que acontece espontaneamente quando nada se está fazendo, e que quando as pessoas dizem que medita, na verdade, elas estão usando uma determinada técnica, na esperança de criar o momento no qual a meditação possa ocorrer”.

Para facilitar o processo, técnicas foram criadas, para conquistar os benefícios. E eles são muitos e animadores, atuando desde o corpo físico ao mental e espiritual, cada um no seu tempo e de acordo com o objetivo do meditador.

É possível escolher a meditação do Yoga, Budista, Tibetana, guiada, vipassana, passiva, dinâmica, zen budista, transcendental, Mindfulness e mais uma dezena de ou tras. É importante experimentar algumas delas, para eleger aquela que estimule a prática diária.

Conclui-se, que meditação é um estado de consciência, que acontece depois de um período de prática. A mente racional sai de cena, e o indivíduo se integra, experimenta paz interna, clareza, calma, compaixão, empatia.
Correntes tradicionais acrescentam que o ser se torna uno com a fonte criadora.

Cada vez mais desconectada da religião, a meditação é recomendada por médicos, com a ênfase dedicada aos exercícios físicos.

Hospitais de referência no mundo adotam a prática há duas décadas nos tratamentos de depressão e ansiedade.

NO BRASIL, O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E HOSPITAIS ALBERT EINSTEIN E SÍRIO LIBANÊS, TÊM USADO PROGRAMAS DE MEDITAÇÃO MINDFULNESS NOS TRATAMENTOS INTEGRADOS DE DOR CRÔNICA E CÂNCER, COM RESULTADOS PROMISSORES.  

O avanço vai além. Nos negócios, esporte, música, tecnologia e outros, as pessoas também se renderam à meditação. LinkedIn, Google, Apple, Facebook, Vivo, adotaram o mindfulness para gerir o estresse, ansiedade e aumentar a criatividade. É comum as pausas de 20 a 30 minutos duas vezes por dia, por CEOs, líderes e equipes.

Famosos no esporte, Cristiano Ronaldo, Michael Phelps, Rafael Nadal, têm a meditação como parte de seu treino diário. E os bilionários, Bill Gates, Jeff Weiner, Oprah, encabeçam uma lista gigantesca de meditadores.
Será este o segredo do sucesso?

Mas, o que fez a meditação ganhar destaque?

Ciência! Ela decifrou o milagre por trás do silêncio, provou o que acontece no cérebro que beneficia a saúde física, mental, emocional, antes propagadas de forma empírica.
O estudo mais conhecido é o de Sara Lazar, neurocientista do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School, que identificou alterações em áreas do cérebro dos participantes. Houve uma redução da amígdala, responsável pela redução da ansiedade, regulação do estresse e medo; aumentou a produção de neurotransmissores, em especial do GABA – calmante natural do cérebro – dos níveis de serotonina e endorfinas. Aumentou a espessura da massa cinzenta, ligada à produção de neurônios do hipocampo, hipotálamo e córtex pré-frontal, áreas responsáveis pela memória, aprendizado, tomada de decisões, propriocepção, funções cognitivas, controle emocional. Estas descobertas são revolucionárias e motivam a meditação. O estudo foi realizado com pessoas que nunca meditaram, adultos com idades variadas, duração de 8 semanas, com meditação de 30 minutos diários.
O pragmatismo presente no mindfulness, desmistificou alguns aspectos da meditação e estimulou milhares de novas pesquisas, abrindo caminho para todos os tipos de meditação e estimulando os mais céticos a meditar.
O cenário atual mudou comportamentos e obrigou todos a adequarem-se e refletir sobre estilo de vida, saúde, trabalho e futuro.
E agora, vai começar ou intensificar sua prática?

Juçara Jordan. Formada em Rolfista, professora de yoga e meditação.
Ensina a gerir a dor e estresse, para viver com leveza – juneal@uol.com.br

Matéria da revista AETEC 39º edição.

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