GERENCIAMENTO DE PROJETOS RÁPIDOS
Introdução
CONTEXTO | BANI
No contexto de obras rápidas, é comum nos depararmos com a seguinte situação: a obra precisa começar semana que vem, o prazo de conclusão é de 45 dias, o orçamento já foi fechado e por enquanto só está elaborado o projeto de arquitetura.
Acrescente-se a esse desafio o contexto do mundo atual, conhecido pelo acrônimo inglês BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible), frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Apesar do curto período de obra, são muitas as incertezas e variáveis que podem afetar a execução: desfalques na equipe, mudanças de projetos, reajustes de preços, falta de material no mercado.
Entra aí a importância do gerenciamento de projetos.
O gerenciamento de projetos
CASCATA | ÁGIL | HÍBRIDO
Obras são normalmente associadas ao gerenciamento cascata com escopo definido, parte-se para o equilíbrio de custo e prazo para obtenção de resultados eficientes. No entanto, não se pode acreditar que o plano deve prevalecer sobre a realidade e as necessidades de mudanças. Um dos valores do Manifesto Ágil: ‘responder a mudanças mais que seguir um plano’ aponta para a necessidade de adaptação diante de incertezas fazendo uso de abordagens menos rígidas e mais interativas, afinal não existem receitas prontas.
A importância do planejamento é fundamental, mas é necessário o entendimento do processo como um todo, realizando avaliação e ajustes contínuos de maneira a direcionar os esforços para o alcance dos objetivos e entrega dos resultados.
É nesse contexto que o gerenciamento dos projetos híbridos ganha espaço em ambientes preditivos, afinal, uma obra não se resume à soma de suas partes. É preciso ter uma visão holística para não perder de vista o valor a ser entregue, pois mudanças, sejam elas internas ou externas afetam e geram impactos com desdobramentos em vários níveis, muitas vezes imprevisíveis.
O papel do gerente de projetos
CRIATIVIDADE | CONHECIMENTO
SENSIBILIDADE
Criatividade, visão, apoio à equipe estão entre as características desejadas de um líder que possa trazer o consenso e influenciar a equipe, isso não exclui a necessidade de impor por vezes decisões autocráticas e ações diretivas.
Projetos exigem à sua frente líderes que não se atenham à posição de poder e autoridade que possam ter, é necessário que tenham sensibilidade para entender o momento e utilizar o estilo certo de liderança no momento certo, levando em conta a cultura da empresa. Não se trata de tarefa fácil, por isso é necessário que o líder tenha uma boa caixa de ferramentas, ter conhecimentos de diferentes metodologias, processos e cases.
Na era do conhecimento, as atividades intelectuais são as que mais agregam valor aos produtos e serviços.
Vivência profissional e aprendizado contínuo contribuem para uma melhor condução corporativa do capital investido e aumentam as chances de sucesso na entrega do serviço final.
Referências:
CARVALHO, M. M.; RABECHINI JR., R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências para gerenciar projetos. São Paulo : Altas, 2019 PMI – Project Management Institute, A guide to the project management body of knowledge (PMBoK). 6. ed. Project Management Institute, 2017.
A guide to the project management body of knowledge (PMBoK). 7. ed. Project Management Institute, 2021
PMI – Project Management Institute, Guia Ágil. Project Management Institute, 2017
Schwaber, K.; Sutherland, J. O guia do Scrum. O guia definitivo para o Scrum: as regras do jogo, Scrum.org, 2020.
Matéria da revista AETEC nº 41 edição
Boa leitura!
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