EXPO REVESTIR 2023
SUSTENTABILIDADE NA 21º EXPO REVESTIR 2023
De 14 a 17 de março, ocorreu a 21ª Expo Revestir, apresentando as tendências e lançamentos de mais de 300 expositores do setor, e foi marcada por inovações em tecnologia, sustentabilidade e design.
Com foco na SUSTENTABILIDADE muitas marcas mostraram conhecimento do assunto tanto no desenvolvimento de seus produtos, assim como na montagem de seus estandes de exposição.
Vamos ver alguns exemplos?
A marca de metais e louças Docol, com mais de 66 anos de mercado, reconhecida nacional e internacionalmente por oferecer produtos sustentáveis, inovadores e de alta qualidade, apostou este ano numa estrutura de MLC – Madeira Laminada Colada para seu estande, que além de ser um material ecologicamente correto, ainda será utilizado em outros eventos da empresa.
Na mesma linha a marca Portobello, de revestimentos cerâmicos, montou um estande de 1.000 metros quadrados, um dos maiores da feira, sendo o mais sustentável feito pela marca até então, com uma taxa de reaproveitamento de 95%, sustentado por uma estrutura metálica e MDF, funcionando como um largo esqueleto, recebendo os revestimentos assentados da marca. A proposta foi que após a expo, a estrutura metálica e o fechamento em MDF seriam redirecionados para a indústria e centros de distribuição da Portobello, em Jundiaí (SP) e em Tijucas (SC), a estrutura metálica remontada como porta-paletes (grandes estantes industriais para armazenamento de produtos), e as placas de MDF serradas para formar as prateleiras, encaixadas nessa estrutura metálica. Além disso, expositores, mobiliário e iluminação usados na Revestir foram encaminhados às lojas da Portobello Shop.
Essas iniciativas levantam a discussão sobre a sustentabilidade da arquitetura temporária em feiras de grande porte e curta duração, que deve pensada priorizando os
7 R´s da sustentabilidade:
Repensar, Recusar, Reduzir, Reaproveitar, Reutilizar, Reciclar e Recuperar.
E, isso pode se dar reaproveitando boa parte dos estandes em outras atividades.
Já no quesito produtos, vamos citar a Indústria Santa Luzia, conhecida
nacionalmente por seus rodapés e guarnições.
A bandeja da carne, embalagem do delivery, a caixa térmica, etc., itens de uso diário, mas que não paramos para pensar que destino tem depois de usados. Pois bem, eles são feitos com o plástico poliestireno expandido – EPS, ou popularmente conhecido por Isopor®. Pois bem, desde 2002, a Santa Luzia faz a reciclagem desses resíduos plásticos, com uma tecnologia própria substituindo em 98% o uso da madeira por EPS reciclado, transformando o em novos produtos.
Outro excelente exemplo de SUSTENTABILIDADE é dado pela indústria de pisos Tarkett. Eles possuem o Tarkett Design Humano-Consciente, que é um compromisso de estar ao lado das gerações presentes e futuras, para criar pisos e superfícies esportivas que sejam boas para as pessoas e para o planeta, com foco em: economia circular, materiais seguros, saúde e bem-estar. Fabricando pisos livres de ftalatos e formaldeídos, e que emitem baixíssimas emissões de compostos orgânicos voláteis (COVs). Além disso, o conceito de sustentabilidade da marca aparece também através das linhas de LVTs que tem em sua composição sobras e aparas coletadas por meio do programa de reciclagem ReStart , desenvolvido pela marca em 2018, baseado nos conceitos de economia circular, coletando sobras de pisos reutilizados como matéria-prima na fabricação de novos produtos, com o intuito de alcançar o lixo zero, no qual o produto final – ao ser descartado – retorna à fábrica para ser aproveitado como matéria prima.
A Santa Luzia recicla mais de 450 toneladas de resíduos de Isopor® por ano, com o uso de 96% de matérias primas recicladas.
Cíntia Monteiro. Arquiteta e Urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Habitação pelo IPT – Instituto
de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Docente nos cursos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores, Engenharia Civil e de Produção.
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