PLACAS CERÂMICAS
Parte I

POR DEFINIÇÃO, o termo Cerâmica “compreende todos os materiais inorgânicos,
não metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas”.

No mercado da construção civil temos placas cerâmicas produzidas via seca e via úmida, no primeiro tipo de processo a massa é feita a partir de 1 ou 2 argilas que são moídas sem a presença de água, como o nome já fala, a seco e, em seguida, granuladas, umectadas e prensadas.

No segundo tipo de processo, o via úmida, a massa é composta de 4 ou 5 matérias primas que são moídas em presença de água, e consequentemente consegue-se uma
conformação de massa mais homogênea. Por isso, alguns profissionais a consideram superior.

Já a queima é feita nos fornos, e é lá que o produto adquire suas características finais tais, com alta resistência mecânica, alta resistência à abrasão e baixa absorção. Além
disso, é após a queima que algumas cores são obtidas.

São 3 as partes que compõem uma placa cerâmica: o suporte ou biscoito, o engobe, que tem função impermeabilizante e, ao mesmo tempo garante a aderência da terceira camada, e o esmalte, camada vítrea que também impermeabiliza, e é responsável por decorar a placa.

Prazo de garantia legal segundo a ABNT NBR 15575-1

As placas cerâmicas são consideradas produtos duráveis e tem o prazo de 90 dias para a reclamação pelos vícios aparentes ou de fácil constatação. São exemplos de vícios aparentes e de fácil constatação: diferenças de tonalidades, trincas superficiais, diferenças de tamanhos, curvaturas acentuadas, entre outras.

Para vícios ocultos: gretamento e alteração da tonalidade com a presença de umidade, o prazo de 90 dias para a reclamação inicia-se a partir da constatação do defeito.
E a garantia contratual: dada pelo fabricante de placas cerâmicas começa a contar depois de transcorridos os 90 dias da garantia legal.
Com relação a expectativa de vida útil de projeto – VUP, tem-se:

As placas cerâmicas são classificadas segundo os critérios: esmaltadas e não esmaltadas; métodos de fabricação; grupos de absorção de água; classe de resistência à abrasão superficial; classe de resistência ao manchamento; classe de resistência ao ataque de agentes químicos; e aspecto superficial. Todos estes quesitos encontram-se descritos na caixa do produto, e devem ser levados em conta na hora da escolha do revestimento cerâmico!

Por exemplo, no hall temos 2 revestimentos cerâmicos:
Na parede porcelanato SENSE ABSTRACT MIX MAT com as seguintes especificações: variação de tonalidade – V3 Variação visual moderada; superfície matte; classe de uso
2 –Â uso em paredes internas e externas; retificado (bordas retas); colocação com junta seca; absorção de água <0,5 (baixa absorção), ou seja, uma peça exclusiva para uso em paredes.
No piso porcelanato esmaltado BROADWAY CEMENT 90X90 com as seguintes especificações: variação de tonalidade – V2 variação visual moderada; superfície natural classe de uso CL-RE-FA; retificado (bordas retas); absorção de água <0,5 (baixa absorção), sendo assim, uma peça que pode ser usada em pisos e paredes, áreas internas e externas.

Cíntia Monteiro. Arquiteta e Urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Habitação pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Docente nos cursos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores, Engenharia Civil e de Produção

Matéria da revista AETEC nº 42 edição.

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