De repente, num telefonema ao cair da tarde deste domingo, fui surpreendido com a notícia do falecimento do meu grande amigo José Roberto Baraúna Filho.
A alegria de estar com toda a família reunida comemorando o aniversário de uma das minhas filhas, acabou numa profunda tristeza, apatia e insônia. Desde esse momento eu sabia que deveria vir a público não só para informar o trágico acontecimento mas também para narrar alguns detalhes significativos sobre o que o Baraúna representou para a AETEC e para mim também, em particular, mas não conseguia organizar meus pensamentos e sentimentos. Agora, premido pelas circunstâncias que nem deixaram que eu me despedisse do meu amigo, vou tentar escrever alguma coisa.
Quando em 2009 o Baraúna resolveu concorrer ao cargo de Presidente da AETEC e convidou-me para participar da chapa encabeçada por ele, não tive dúvidas em aceitar porque já conhecia seus princípios e sua participação em outras organizações como o Rotary Clube e outras.
Com a sua eleição para Presidente da AETEC, a partir de 2010, como 1º Secretário da AETEC, passei a ter um contato praticamente diário com ele e, então, pude conhecer melhor o grande Baraúna. Por trás daquele homem, às vezes ríspido e impaciente, tinha um trabalhador focado que produzia em cada segundo que estava acordado e, também, um homem sensível preocupado sempre com a família e pronto a ajudar quem a ele recorria.
Deus o fez daquele tamanho para abrigar seu imenso coração.
Se a AETEC tem hoje importância e projeção dentro de nossa comunidade e é reconhecida pela sua atuação dentro do CREA e CAU, não diminuindo a importância dos demais presidentes que passaram, pois foram eles que prepararam o caminho, devemos isso à gestão ousada e objetiva do Baraúna. Em sua gestão, durante 2 mandatos de 2011 a 2016, foi comprada a nossa sede própria, uma casa bem antiga mas muito bem localizada, que foi reformada, ampliada e, depois, com o Convênio realizado com a Prefeitura de Cotia, o CIESP e a Secretária de Justiça do Estado para a administração da reforma e ampliação do Fórum de Cotia, pudemos construir o nosso prédio anexo, visando atingir a independência financeira de nossa Associação.
Ao final de seus 2 mandatos, eu acabei assumindo a cadeira de Presidente da AETEC e sempre recorria a ele para me aconselhar em situações variadas. Tive também a oportunidade de trabalhar com ele em sua primeira passagem como Secretário de Desenvolvimento Urbano de Cotia, quando ele pensou grandes projetos para melhorias de acessibilidade da Raposo Tavares, Revitalização da Granja Viana, Revitalização do Centro de Cotia e outros tantos projetos desenvolvidos pela equipe da Secretaria.
Agora vai restar o reconhecimento de tudo o que ele fez pela AETEC e está lá, diante de nossos olhos, e a saudade imensa do grande amigo que ele sempre foi, exemplo de dinamismo, profissionalismo e integridade. Que Deus receba o Baraúna de braços abertos e console os corações da Cintia, sua esposa e companheira, que neste último ano foi incansável e presente em todas as situações, de seu filho José Victor, arquiteto como o pai, que certamente aprendeu muito com ele e vai colocar tudo em prática e de seus tantos e tantos amigos que, como eu, sentirão um imenso vazio.
Obrigado por tudo, Baraúna!!