O MUNDO AOS SEUS PÉS!

Vários países nunca estiveram tão receptivos para atraírem Engenheiros de outros países em suas sedes e filiais para executarem obras locais ou mesmo internacionais.

Os “Acordos Internacionais” entre os órgãos fiscalizadores da profissão facilitam a burocracia de atuação de profissionais regulares e muitos já estão vigorando ou foram renovados com melhorias.

Exemplo disso são os “Acordos de Reciprocidade” do CONFEA/CREAs – já firmados entre o Brasil com Portugal, Cabo Verde, Angola, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Alguns outros países, como Alemanha por exemplo, ainda não temos Acordo porém, há a possibilidade de buscar trabalho com o Visto de Trabalho – (não p/todas as áreas-consulte) e
com o 1Blue Card que dá direito ao reconhecimento aos “graduados” com diplomas universitários na forma da Lei de cada país. Outro exemplo: na Austrália existe a possibilidade, porem os critérios são por avaliação/pontuação.

Para o Engenheiro que deseja atuar fora de seu país é importante ater-se também em algumas particularidades construtivas entre os países pois, alguns possuem características próprias:
• Climas diferenciados com altas ou muito baixas temperaturas, territórios que sofrem abalos sísmicos (terremotos), países/cidades insulares (ilhas), sustentabilidade em alta diminuindo
impactos ambientais, preocupação com reciclagem dos resíduos de construção civil, entre outros diferenciais.

Aprendizados constantes: Entrevistei Engenheiros que atuam em alguns países como Japão, Itália, Angola, Austrália e Portugal e observei a necessidade do profissional, mesmo havendo “Acordos ou não”, buscarem por mais e novos cursos no exterior, direcionados para suas áreas atuais e países onde estão, contemplando o fator de:
• Tipologias construtivas, construção sustentável, uso baixo de energia, materiais renováveis e de baixo impacto ambiental.
• Gestão de Pessoas, devido ao multiculturalismo existente em escritórios e canteiros de obras.
• Segurança no Trabalho.
• Tecnologia/Softwares dominantes p/desenvolvimento de projetos e controles.

Outro fator importante é o “idioma”. Empresas Globais tendem a adotar um único idioma na comunicação oral e escrito para que todos os Stakeholders obtenham um fluxo de informações, sem a necessidade de traduções, evitando-se assim o perigo de problemas com interpretações e ocorrência de erros nas atividades realizadas. É comum, mesmo em países com idioma português, o inglês é utilizado como único. Já na Itália, por exemplo, a norma é falar italiano com todos (desde a entrevista).

No Canadá (devido a colonização por franceses e ingleses), dependendo da empresa ou cidade/província pode-se exigir o inglês ou o francês – línguas oficiais). Esteja atento!

Um pequeno detalhe: O Clima é de muita atenção para certas atividades. As obras são planejadas para serem executadas durante os períodos de Primavera e Verão em vários países devido às baixíssimas temperaturas, nevascas e outras situações durante outono/inverno que impedem as atividades e locomoção de colaboradores, assim possuem cronogramas que atendam esse período.

O começo: Engenheiro, para iniciar sua trajetória rumo ao exterior, procure sempre verificar junto ao CREA / CONFEA se há algum “Acordo Profissional” com o país desejado para estar regular perante o órgão local e apto para exercer sua profissão.

Salário Engenheiro Civil em Portugal: em torno de 1.200€ / 1.400€ (Nov/2022) – Valor varia pouco por região: Norte / Sul.

*Informação aos Arquitetos para atuarem em Portugal
– em Outubro/22 foi formado Grupo com CAU e o Órgão Regulador de Portugal para harmonizar as condições (regulação do ensino superior a equivalência ou comparação das formações habilitantes e propor a redação de um novo Acordo de Reciprocidade).

*Estou acompanhando e qualquer novidade aviso em meu perfil no Linkedin.

Meu conselho para todos: Não se aventurem! E não confundam “Vistos” com “Acordos”.

Busquem sempre por informações seguras junto aos órgãos oficiais.

‘Blue Card é o visto de trabalho válido em 25 países da União Europeia.

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Lucia Bigo I Gestão de Carreiras
+ de 3.000 Currículos reestruturados/revisados.
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Engenheiros recolocados em grandes empresas

Matéria da revista AETEC nº45 edição.

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