VISITA À JAPAN HOUSE
Arq. Cintia Monteiro e João Lino
Sendo Cotia e arredores um pólo da colônia japonesa, foi com muito entusiasmo que fomos fazer a matéria sobre a Japan House, casa localizada na avenida Paulista 52, que antes de completar dois anos já recebeu a visita de quase um milhão e meio de pessoas.
Criada pelo governo japonês, o projeto Japan House é um ponto de difusão de todos os elementos da genuína cultura japonesa. Um espaço muito agradável de intercâmbio intelectual entre o Japão e o Brasil, através de frequentes eventos de cultura, educação, arte e tecnologia. A Japan House São Paulo foi a primeira a abrir as portas para o mundo, seguida por Los Angeles e Londres. Sua fachada se destaca, mesmo estan- do na Av. Paulista, com seus 36m de frente e 630 peças de madeira hinoki (pinheiro típico do Japão) trazidas do vale do Kiso e artisticamente montadas por cinco artesãos vindos diretamente do Japão.
O restaurante AIZOMÊ, da chef Telma Shiraishi, propõe a contemporaneidade e adversidade do Japão. No cardápio o conceito dos settos – um conjunto de pratos variados que compõem uma refeição completa, equilibrada e saborosa, tendo como base o gohan (arroz japonês), o misoshiru ou outro caldo e tsukemono.
Aproveitando a visita fomos entrevistar a diretora cultural, Natasha Barzaghi Geenen.
Quais são as principais diretrizes adotadas pelo Governo Japonês para transmitir a identidade do Japão do Século 21 para o público brasileiro?
O espaço tem como missão apresentar o Japão contemporâneo oferecendo aos visitantes uma tradução do Japão do século 21, sem esquecer suas raízes e tradições, como forma de reforçar a ponte entre os dois países. Para isso, estão presentes na sua programação exposições, seminários, workshops e atividades que trazem ao Brasil os mais relevantes criadores e empreendedores japoneses da atualidade nas artes, no design, na moda, na gastronomia, na ciência e na tecnologia. Além de toda infraestrutura de centro cultural que comporta uma biblioteca com mais de 2.000 livros sobre a cultura nipônica, espaços gastronômicos e as lojas SHIN e Furoshiki, ambas com produtos que retratam esse Japão atual.
Quais os seminários/workshops que tiveram maior receptividade do público desde a abertura da Japan House em 2017?
Cada seminário e workshop apresentados são únicos. No sentido de que foram pensados e planejados para apresentar diferentes vertentes do Japão contemporâneo. Já pas- saram pelo centro cultural seminários sobre arquitetura, tecnologia, moda, gastronomia, negócios, artes marciais, entre outros.
Já aconteceram seminários/workshops direcionados a arquitetos e engenheiros?
Algumas das mostras apresentadas pela casa tiveram como tema principal a arquitetura, como Kengo Kuma – Eterno Efêmero, SouFujimoto, Dimensão e Arquitetura para Cães. Essas exposições contaram também com programação especial reforçando o tema por meio de palestras, workshops e visitas guiadas. Ao longo de 2019, a Japan House São Paulo, com Arquiteto Futuro e o Pavilhão Japonês, promovem o ciclo de debates “Projetando Instituições Culturais: desafos contemporâneos” com arquitetos japoneses e brasileiros. O ciclo abordará os desafos atuais de projetar uma instituição cultural, levando em consideração as novas possibilidades de uso deste espaço e as várias mídias, plataformas e dimensões de obras de arte contemporâneas. Em agosto, acontecerá o encontro entre o brasileiro Tiago Bernardes e o japonês Tsuyoshi Tane, que terá exposição solo no segundo semestre.
Matéria revista AETEC nº24 edição.
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