NBR 7190 Projeto de Estruturas de Madeira

No final de junho, desde corrente ano, a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a nova versão da NBR 7190 – Projeto de Estruturas de Madeira, que agora está dividida em 7 partes.
• PARTE 1: Critérios de dimensionamento
• PARTE 2: Métodos de ensaio para classificação visual e mecânica de peças estruturais de madeira
• PARTE 3: Métodos de ensaio para corpos de prova isentos de defeitos para madeiras de florestas nativas
• PARTE 4: Métodos de ensaio para caracterização de peças estruturais
• PARTE 5: Métodos de ensaio para determinação da resistência e da rigidez de ligações com caracteres mecânicos
• PARTE 6: Métodos de ensaios para caracterização de madeira lamelada colada estrutural
• PARTE 7: Métodos de ensaios para caracterização de madeira lamelada colada cruzada estrutural A NBR 7190 teve sua primeira publicação em 1945, sendo atualizada 6 anos depois, em 1951. E, no ano de 1982 a norma passa por outra atualização, e outra em 1997, ficando assim, um período de 25 anos sem atualização, até sua publicação em 29 de junho.

Nesta versão de 2022, uma das principais mudanças nos critérios de dimensionamento é o fato de o coeficiente de modificação, kmod, ser agora obtido pelo produto de 2 (dois) coeficientes de modificação parciais, kmod1 (que continua representando a classe de carregamento) e, kmod2 (que continua representando
a classe de umidade). Ficando assim extinto o kmod3.

As tabelas a seguir mostram o kmod1, segundo a NBR 7190 em 1997, e agora em 2022:

Como é possível observar nas tabelas da página anterior para a determinação do kmod1, o novo texto acrescenta uma coluna com informações relacionadas às ações variáveis principais da combinação, e adiciona novos tipos de madeiras, como a roliça, a madeira lamelada colada (MLC) e a madeira lamelada colada cruzada (CLT / MLCC). Apesar dessas adições, os valores do kmod1 continuam mantidos.
Já a respeito ao kmod2, a nova norma passa a ter valores específicos para cada classe de umidade.

Outra mudança, é que o novo texto passa a chamar “dicotiledônea” de espécies de folhosas. Portanto, na NBR 7190-1:2022 a palavra dicotiledônea não é mais encontrada, e, a letra D passa a ser empregada para representar as classes de resistência das madeiras folhosas. Sendo assim, agora os projetistas de estruturas de madeira possuem uma quantidade maior de classes de resistências para testar e especificar em seus projetos.

Esses foram alguns aspectos da atualização da norma de Projeto de Estruturas de Madeira, as 7 partes da norma encontram-se disponíveis para aquisição no site, a um investimento de R$ 1.089,80.

https://www.abntcatalogo.com.br/

Cíntia Monteiro. Arquiteta e Urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e
mestre em Habitação pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo. Docente nos cursos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e
Urbanismo, Design de Interiores, Engenharia Civil e de Produção.

Matéria da revista AETEC, 44º edição.

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