REJUNTE

Como definição é o tratamento dado às juntas de assentamento dos materiais cerâmicos, porcelanatos, pastilhas, pedras naturais entre outros materiais, para garantir a estanqueidade e o acabamento final dos sistemas de revestimentos de pisos e paredes. Outra função bem importante do rejunte é compensar as pequenas diferenças de tamanho entre as peças de revestimento, pois o rejuntamento facilita o alinhamento entre elas, escondendo pequenas imperfeições. E, como ele é um produto mais maleável que os revestimentos, ele facilita a troca das peças no caso de uma reforma ou manutenção.

O REJUNTE COLABORA PARA A IMPERMEABILIZAÇÃO, PORTANTO NÃO DEVE SER REMOVIDO.

Basicamente há três tipos de rejunte:

CIMENTÍCIO

Tem na composição cimento, agregados minerais e polímeros, além de pigmentos, para dar a cor, e aditivos. Ele pode ser instalado em todos os ambientes, mas sua manutenção é mais frequente em áreas molhadas em geral. É o mais apropriado para fachadas, costuma ser o mais barato, e tem acabamento mais áspero, com facilidade de limpeza baixa. A distância recomendada para o uso deste tipo de rejunte é de 1 a 10 mm entre uma peça e outra, pode ser usado em porcelanatos, cerâmicas ou pastilhas de vidro.

ACRÍLICO

Este já é composto por resina acrílica, cimento, agregados minerais, pigmentos, aditivos e polímeros, e pode ser mono ou bi componente. Sua principal característica é ser impermeabilizante, tem acabamento liso, ação bactericida, e facilidade de limpeza média. É um rejunte que admite juntas de 1 a 5 mm, pode ser usado tanto em áreas externas como internas, mas não é indicado para fachadas nem piscinas, sendo muito indicado para áreas de banheiro, lavanderia, cozinha e garagem, sejam em porcelanato, cerâmica ou pastilha de vidro.

EPÓXI

O rejunte epóxi, por sua vez, geralmente é um produto bi componente ou tri componente à base de resina. Ele pode ser utilizado em juntas de 2 a 8 mm, em ambientes externos e internos, É um rejunte indicado para interior de piscinas, em pisos e paredes internas. E não pode ser usado em fachadas. Possui elevada resistência química e mecânica, além de ser extremamente impermeável com ação bactericida, e é muito resistente a manchas. Por tudo isso, sem dúvida é o mais resistente e durável, apresentando um acabamento de excelente qualidade. Mas sua aplicação requer um trabalho mais cuidadoso, se for colocado em excesso é necessário retirá-lo com removedor próprio, pois não é facilmente eliminado da peça.

Todos os rejuntes podem ser usados em áreas internas e externas, e estão listados em ordem crescente de valor, ou seja, do mais barato (cimentício) para o mais caro (epóxi).

O rejunte acrílico é melhor custo-benefício, afinal apresenta um excelente desempenho com acabamento liso, num preço intermediário. O importante é que o material utilizado para o rejuntamento esteja de acordo com as normas técnicas, como por exemplo, a NBR 15575 que é a norma que trata do desempenho de edificações habitacionais, e a NBR 14992 que trata de argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de placas cerâmicas.

DICA: Sempre me perguntam: “Qual a cor de rejunte que se deve usar?” Mesma cor do revestimento? Mais claro? Mais escuro? Porém, não há regra para essa escolha, pois é uma questão de estilo e gosto, mas com certeza quanto mais parecida a cor do rejunte com o revestimento, ele irá ficar mais discreto.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Em áreas molhadas ou molháveis, manter o ambiente ventilado de modo a evitar surgimento de fungos ou bactérias nos rejuntamentos, e a cada um ano verificar a integridade, e reconstituir os rejuntamentos se necessário, além de se dar atenção especial no entorno dos ralos e soleiras.

*Cíntia Monteiro. Arquiteta e Urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Habitação pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Docente nos cursos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores, Engenharia Civil e de Produção.

Matéria da revista AETEC nº33 edição.

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