QUAIS OS IMPACTOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NAS PROFISSÕES?

Quero deixar claro desde já que não sou especialista neste tema! Estou em busca de informações constantemente sobre os mais diversos temas que possam ter algum tipo de impacto no ramo em que atuo e faço isso há mais de 35 anos! Posso afirmar que o mundo gira mais rápido do que muitos aqui possam imaginar, e o tema Inteligência Artificial (IA) caiu neste ano como uma bomba para mim. Não pelo aspecto de como a IA já esteja presente em nossas vidas, mas como ela ainda pode vir muito mais forte no futuro próximo.

Trago um pouco deste conhecimento aos leitores com o intuito de tirá-los da zona de conforto para que comecem a pensar e entender como a IA (Inteligência Artificial) vai impactar nas suas profissões e rotinas profissionais. Ah, com certeza não vou conseguir, e acho que ninguém o conseguiria, esgotar este assunto num simples artigo pois, estamos falando a respeito de uma tecnologia que só está começando a chegar a nós agora, principalmente após o advento do ChatGPT.

Para muitos de nós a IA surgiu meio que do nada e ainda de forma até lúdica- atire a primeira pedra quem não utilizou o ChatGPT por curiosidade nas primeiras vezes e, talvez nem saiba ainda como utilizar esta ferramenta de forma profissional, buscando agilidade e produtividade? A história da evolução da inteligência artificial (IA) é uma jornada fascinante que remonta a várias décadas. Os principais marcos ao longo do tempo são:
1. Origens (Década de 1940-1950): O conceito de inteligência artificial começou a ser explorado após a Segunda Guerra Mundial, quando os cientistas se interessaram em criar máquinas que pudessem imitar a capacidade humana de pensar. Em 1950, o matemático e cientista da computação Alan Turing propôs o “Teste de Turing”, um experimento para determinar se uma máquina pode exibir comportamento inteligente indistinguível do de um ser humano.

2. O nascimento da IA e a lógica simbólica (Década de 1950-1960): Nos anos 1950 e 1960, pesquisadores desenvolveremos primeiros programas de computador que podiam realizar tarefas simples de IA, como resolver problemas de lógica e jogar xadrez. Nessa época, a abordagem dominante era a lógica simbólica, que usava regras e símbolos para representar conhecimento e raciocinar.

3. Período de otimismo e IA simbólica (Década de 1960- 970): A comunidade de IA estava otimista quanto à rápida evolução da tecnologia. No entanto, enfrentou desafios com o “inverno da IA” na década de 1970, quando os avanços não atenderam às expectativas.

4. Abordagens baseadas em conhecimento (Década de 1980): Nessa época, as abordagens baseadas em conhecimento, que envolviam a codificação do conhecimento humano em sistemas especializados, ganharam destaque. Sistemas de especialistas foram desenvolvidos para resolver problemas específicos em áreas como medicina e finanças.

5. A ascensão das redes neurais (Década de 1980-1990): As redes neurais artificiais, uma abordagem inspirada no funcionamento do cérebro humano, foram redescobertas e se tornaram uma área de pesquisa ativa. Elas mostraram promessa em várias tarefas, mas na época, o poder computacional ainda era limitado para treinar redes neurais complexas.

6. Aprendizado de máquina e mineração de dados (Década de 1990-2000): Com o aumento do poder computacional, o foco mudou para o aprendizado de máquina, onde os algoritmos podem aprender a partir de dados sem programação explícita. O crescimento dos dados e a disponibilidade de grandes conjuntos de dados impulsionaram o campo.

7. A era do Big Data e Deep Learning (Década de 2010): O avanço tecnológico e a proliferação de dados permitiram o uso de técnicas de aprendizado profundo (deep learning) com redes neurais profundas. Isso possibilitou conquistas notáveis em áreas como reconhecimento de imagem, processamento de linguagem natural e jogos.

8. O desenvolvimento de sistemas autônomos e IA geral (Década de 2010-2020): A IA se expandiu para sistemas autônomos, como carros autônomos e robôs industriais. A busca por alcançar a IA geral, onde as máquinas possam realizar tarefas diversas, continuou sendo um objetivo central.

A história da IA é uma jornada em constante evolução, com inúmeras aplicações e desafios. À medida que a tecnologia continua a avançar, é importante manter um olhar crítico sobre seu desenvolvimento para garantir que seja usada de forma benéfica para a humanidade.

À medida que a IA se tornou mais difundida, surgem preocupações sobre questões éticas, privacidade, viés algorítmico e o impacto da automação em empregos.

Incrível, não é? E seu disser (no caso aqui, escrever) que a partir do item 1 acima até o parágrafo imediatamente acima eu não escrevi nada da minha cabeça mesmo após algumas pesquisas? Sim, eu pedi a ajuda do ChatGPT para me explicar a história da evolução da IA e em 5 segundos a mágica
estava feita!

No que diz respeito ao impacto da IA nos empregos, tema principal deste artigo, seguem algumas informações, agora sim feitas por mim após ler algumas matérias e artigos, assim como, ter assistido algumas palestras as quais tive acesso.

A primeira pergunta a ser respondida talvez seja, como saber se minha profissão ou emprego estará exposta à automatização e perderem seus empregos?

Não há uma resposta binária ainda, tipo sim ou não, mas podemos dizer que aquelas menos expostas aos impactos econômicos da automação serão:
• Aqueles que possuem baixos salários
• Os que atuam diretamente na fabricação manual de bens e serviços
• Os que atuam na agricultura, principalmente as do tipo “familiar”
• Trabalhadores da mineração
• Funções que não exigem alta formação escolar
• Funções que necessitem muitas horas de treinamento para uma determinada aplicação direta
• Funções que necessitem de habilidades de pensamento crítico
• Habilidades científicas
Por outro lado, aqueles que sofrerão alto impacto econômico são relacionados com:
• Altos salários
• Os que atuam com escritas, tipo colunistas, escritores etc.
• Programação
• Processamento de informação
• Trabalhos que exijam graduações em faculdades, especialização, mestrado ou doutorado
• Os que não necessitem de alto grau de treinamento “on the job”
• Trabalhos rotineiros e repetitivos Se você ainda tem dúvidas a respeito disso, acima segue um infográfico indicando em quais segmentos a IA já tem sido aplicada. (crédito à One Ragtime)

Agora, se somarmos a tudo isso o fato de que o crescimento e desenvolvimento da IA deve ser em ritmo exponencial, provavelmente novas aplicações serão desenvolvidas a ponto de não podermos achar que ficaremos intocáveis por muito tempo. Eu aposto que daqui uns 5 anos, no máximo, viveremos uma outra realidade, seja como usuários ou como profissionais. Para tal, sugiro que fiquemos atentos aos próximos passos que serão dados pelas empresas e entender de que maneira devemos nos adaptar como profissionais. Não acredito que seja o fim do mundo, tipo o filme Exterminador do Futuro, mas devemos estar preparados para saber surfar novas ondas e quem não se adaptar fatalmente irá se afogar!

O fator principal para sabermos para onde a IA vai nos levar recai sobre as questões éticas, privacidade, direitos autorais e de como diminuir os impactos sócios econômicos decorrentes desta tecnologia, sendo que estes tem sido os temas mais abordados pelas empresas, instituições e governos do mundo inteiro.
Até a próxima!

Rogério Sagliocco. Tecnólogo em Mecânica com especialização em Processos de Soldagem pela Unesp, pós graduado em Gerenciamento de Projetos pela Escola Politécnica-USP.

Matéria da revista AETEC nº49 edição.

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