ENTREVISTA COM DOIS JOVENS ARQUITETOS

Para entender como os jovens recém-formados em arquitetura e urbanismo estão lidando com os desafios do mercado e conquistando clientes, entrevistamos dois arquitetos em ascensão. Os entrevistados compartilharam suas experiências e estratégias para enfrentar os desafios iniciais da carreira. Ambos destacaram a importância de construir uma marca pessoal forte e uma presença digital eficaz. Eles enfatizaram que, nos dias de hoje, a visibilidade nas redes sociais e um site bem projetado são fundamentais para atrair potenciais clientes.  E bons trabalhos para que clientes indiquem novos clientes.

O primeiro entrevistado foi o arquiteto e urbanista José Victor Baraúna, 27 anos, formado pela Faculdade de Belas Artes em 2018. Falou sobre seu trabalho, as primeiras dificuldades e a dificuldade inicial em prospectar clientes. Nos primeiros anos, José Victor enfatiza a importância de estabelecer uma rede de contatos sólida e manter relacionamentos profissionais são fundamentais. O boca-a-boca ainda é uma poderosa ferramenta de marketing, especialmente no setor de serviços profissionais como a arquitetura. Além disso, oferecer serviços personalizados, ouvir atentamente as necessidades do cliente e apresentar soluções criativas e viáveis são aspectos essenciais para conquistar a confiança e a satisfação dos clientes.

“No início da carreira é comum que profissionais aceitem uma variedade de trabalhos para ganhar experiência e estabelecer uma reputação no mercado. Conforme o tempo passa, é natural que surjam preferências e afinidades por determinados segmentos” diz José Victor. Nesse contexto descobriu que possui uma maior afinidade com o gerenciamento de obras, que atualmente constitui a maior parte de sua carteira de projetos em seu escritório chamado Baraúna Arquitetura. Em segundo lugar, estão os trabalhos relacionados a projetos, embora ele perceba que as indicações nesse campo sejam  menos frequentes. A agilidade na elaboração de orçamentos detalhados é um fator crucial para o sucesso de seu negócio. Ao apresentá-los pessoalmente, ele tem a oportunidade de esclarecer dúvidas do cliente e criar uma conexão de empatia, o que aumenta a probabilidade de fechar negócios. Essa abordagem tem sido eficiente para conquistar novos clientes e garantir uma base sólida para seu crescimento profissional. Dentro dessa estratégia José Vitor cresceu rapidamente seu escritório, hoje conta com 5 auxiliares e ainda está contratando mais um.

O segundo entrevistado é o arquiteto e urbanista Pedro Augusto Fakih Armellei Furquim, 30 anos, formado na Faculdade de Belas Artes em 2015, sua visão é que muitos recém-formados enfrentam dificuldades para desenvolver uma mentalidade empreendedora ao adentrar no mercado de trabalho. “É notável que, ao concluir a formação acadêmica, os jovens geralmente estão bem embasados em seus conhecimentos técnicos, mas podem não possuir a mesma preparação para lidar com os desafios do mundo empreendedor. A falta de uma visão empreendedora pode impedí-los de se adaptar rapidamente às demandas do mercado em constante evolução. Nesse contexto, é crucial encorajar os recém-formados a abraçar a incerteza e a experimentar diferentes caminhos em suas carreiras.”

Desde o início, Pedro se dedicou a prestar serviços em áreas tradicionais da arquitetura como projeto de interiores e gerenciamento de obras. Com o passar do tempo, percebeu que poderia se especializar em um segmento específico pouco comentado na época de faculdade. Hoje, seu foco principal é o desenvolvimento de documentação para regularização de imóveis, desmembramento de lotes e laudos de avaliação em seu escritório de arquitetura, a ak • arklaus arquitetos, que fundou em 2017. “Ao abraçar uma mentalidade empreendedora, os recém-formados estarão melhores preparados para enfrentar os desafios do mundo profissional. Eles aprenderão a identificar oportunidades, inovar, assumir riscos calculados e enfrentar os obstáculos com resiliência. Essa atitude pró ativa permitirá que eles encontrem novos nichos de mercado e se adaptem às mudanças de maneira mais ágil, tornando-se profissionais versáteis e valiosos para as suas empresas”.

Em suma, a trajetória de José e Pedro demonstram que, ao fazer qualquer trabalho com dedicação e qualidade, e ao colocar o cliente como prioridade de forma ágil, transparente e eficiente, o sucesso profissional é uma consequência natural.

Ambos são associados da AETEC e julgam que essa convivência com profissionais mais maduros ajudam no networking, recebem indicações de trabalho, e as palestras e cursos mensalmente oferecidos na associação ajudam no aprimoramento profissional.

Matéria da revista AETEC nº49 edição.

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