ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA PROMOVE O CONFORTO DA PESSOA IDOSA EM SEU AMBIENTE
É muito comum, com o avanço da idade, a pessoa idosa recorrer a equipamentos específicos para facilitar a sua mobilidade, tanto no ambiente doméstico como no espaço urbano. Bengala, muleta, andador ou cadeira de rodas tornam-se complementos indispensáveis no seu dia-a-dia e, na maioria dos casos, é necessário buscar alternativas para melhorar a circulação dentro de casa. A arquiteta Paula Dias, especialista em acessibilidade, sugere algumas atitudes essenciais que devem ser observadas pelos familiares quando surge esse novo contexto. Confira:
• Ao chegar da rua, o prédio ou a casa onde reside a pessoa idosa deve dispor de rampas, barras ou corrimões que facilitem o percurso até a entrada na sua residência. É importante que o piso seja antiderrapante, sem qualquer desnível, para evitar o risco de queda.
• No elevador, botoeiras mais baixas e, se possível, barras de proteção para a pessoa se apoiar durante o trajeto, caso ela use bengala ou muleta.
• Todas as portas da casa devem ser planejadas com vão livre de pelo menos 80 cm para que o acesso da cadeira de rodas e do andador seja tranquilo e sem dificuldade.
• Na sala de estar, deixe de lado as mesas de centro, poltronas, balcões e móveis que não sejam necessários e que possam interferir na movimentação.
• Os tapetes devem ser retirados de todos os cômodos. São acessórios que costumam provocar sérios acidentes domésticos.
• No dormitório, além de deixar espaço livre para transitar, atente para a altura da cama do idoso, a fim de que ele possa se deitar e levantar com facilidade e conforto.
• Para facilitar o giro da cadeira de rodas e da cadeira de banho, o box do banheiro deve ser removido, assim como o gabinete da pia para ajudar na aproximação frontal.
Desta forma, o idoso pode, sozinho, escovar os dentes, lavar as mãos com autonomia, sem depender de outras pessoas. As barras, tanto no box como aquelas próximas
ao vaso sanitário, devem ser colocadas tendo em vista o conforto do usuário. Às vezes elas são retas, outras vezes com ângulo de 45 graus. Por isso, é fundamental avaliar
o ambiente para saber a altura e a forma de instalação mais adequadas, sempre visando a funcionalidade e o bem-estar de quem vai utilizar.
• Na cozinha, a retirada do gabinete embaixo da pia também pode ser uma conduta importante, pois oferece liberdade para o idoso lavar uma louça, por exemplo.
Caso a pessoa idosa queira usar o fogão, a opção é abrir espaço nas laterais para a circulação da cadeira de rodas.
Às vezes isso requer a demolição de paredes e de outras interferências arquitetônicas que estejam prejudicando a movimentação.
• Os interruptores, campainhas e tomadas devem estar localizados na linha de conforto do usuário, em geral entre 80 cm a 1metro do chão.
A arquiteta Paula Dias ressalta que buscar a acessibilidade arquitetônica é fundamental para preservar a liberdade de ir e vir. Às vezes, um pequeno ajuste na localização de um móvel, ou na instalação de um acessório que promova o conforto da pessoa idosa faz toda a diferença em sua qualidade de vida.
Paula Dias – CAU A18547-7
Arquiteta especialista em Acessibilidade
Telefone: (11) 97272-4912
Matéria publicada no blog da empresa
Filha&Cia – Gestão de Serviços para Idosos
(www.filhaecia.com.br)
Matéria da revista AETEC, 44º edição.
Boa leitura!